A
história do grilo
Uma
carona do carro que dirigia, além da dona, lança no ar uma simples inibição. A
viagem ainda, nem tinha começado. Era apenas uma observação feita ao entrar no
veículo. Dentro do carro, o ar gelado abria as narinas. Como no acordar pela
manhã, depois de uma boa noite de sono. Agora já não é mais, como nos tempos de
criança das noites de insônia por medo de escuro.
A
inquietude no banco traseiro, desperta um novo olhar a ela. Os mesmos bichinhos
estavam presentes. Os grilos das noites de insônia, agora a assusta à luz do
dia. É na viagem que algo desperta, um novo olhar para com aquela jovem
profissional. O nó da observação anterior é dado.
Os
fatos e contos se juntavam ao longo da paisagem da estrada, na conversa há três
da bela tarde de domingo de sol quente, na BR-101. Tantas vidas, indo e vindo,
que até conhecido se vê na ultrapassagem dos carros. A tranquilidade do dia e
da pista, não exclui a parada para matar a sede da conversa, e dos doces
saborosos da colega de trás.
Na
imagem do espelho, a cena acontecia. O olhar da autoridade, que proíbe o que se
faz de errado - As crianças que digam, com suas enureses tardias -, o
bicho-papão aparece não somente no escuro, mas no claro também. Uma tensão
desnecessária para quem nada fazia, apenas viajava.
As
autoridades na Reserva, jamais dariam conta de um grilo. Seria doloroso demais ficar pensando na
possibilidade. Ele não aparece para quem não tem medo, o medo de descobrir o
que se faz. Mas todos sabem o tamanho do seu grilo...
23.08.2010
21:27h
Dalton Demoner Figueiredo.
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